O Queijo de porco é tão gostoso devido ao carinho e afecto com que é escrito à máquina. É dito em postas de pescada finíssimas. Saturado de estupidez e rico em inutilidades. É de facto um queijo a não perder.
PS.: Não recomendado a violentos, cardíacos e pessoas que consumam douradinhos da pescanova.

12/09/07

Os Medi (3ª Parte- A revelação e a partida)

(Deixo-me destas introduções que em nada vêem a fortalecer a mediana vida de Narciso Manuel e vou dar prossecução á crómica que relata a vida de um homem que pedia sempre meia-dose.)

... E o que consta é que Narciso antes de revelar o que tinha percebido pediu aos presentes nesta confissão para não o divulgarem.
Sinceramente vi o termo à minha crómica mas rapidamente me lembrei que o marido da tia de Narciso, anteriormente, teve uma relação com a prima de uma amiga minha. Nem hesitei, fui sem demoras falar com a minha amiga me disse apenas, que sua prima tinha morrido numa intoxicação alimentar devido a comer dois quebabes num dia em que se deslocou à cidade para ir comer a um restaurante chinês. Por ironia do destino o restaurante chinês encontrava-se numa operação da ASAE devido a haver uma mosca morta no lavatório da casa de banho. A prima da minha amiga que anteriormente teve uma relação com o marido da tia de Narciso Manuel viu-se então obrigada a ir a um sítio mais higiénico e obviamente deslocou-se até a uma roulote de esquina para comer os dois quebabes que lhe tiraram a vida. Ainda não se sabe a causa da intoxicação mas não deve ser da carne, suspeita-se que seja da alface ralada.
Apesar de ter ficado desiludido com o restaurante chinês, aconteceram algumas coisas boas como por exemplo quando me ia a despedir, a minha amiga involuntariamente quase que me dava um beijo perto do canto da boca. Além disto, num jogo de raciocínio lógico consegui chegar ao meu caminho, e o meu caminho era saber toda a verdade da vida deste mais ou menos querido Narciso.
O meu caminho começava a desenhar-se e após algum tempo perdido a pensar na trágica morte, lembrei-me que a coitada da mosca era apenas um animal num restaurante chinês que tinha morrido muito provavelmente de velhice porque não tinha nenhuma marca de chinelo no seu corpo. Como estes pensamentos envolviam restaurantes chinês não tardou a associar isto ao animal que me poderia dizer definitivamente a verdade toda. Narciso tinha um animal de estimação, não era um rato devido ao seu tamanho ser excessivamente pequeno nem uma ratazana por ser excessivamente grande. Narciso optou por um Porquinho-da-índia mas que desde logo fez questão de afirmar que era apenas Porco-da-índia, isto porque desde pequeno nunca gostou de diminutivos nem aumentativos. Ficava fulo quando a sua mãe dizia "Narcisinho vem para a mesa..." ou o seu pai "Grande Narcisão é assim mesmo ai de volta das míudas".
Após estes pensamentos todos, fui falar com o Porco-da-índia que estava um pouco reticente em se deveria ou não dizer a verdade. Foi difícil, não para o convencer, mas sim para o entender, não é fácil entender um Porco-da-índia.

Antes de me contar a verdade o Porco-da-India fez questão de dizer que só me contaria a verdade porque Narciso só o adoptara quando este atingira a média idade e apenas lhe dava alimentação a fim de saciar metade da fome e da sede.
O momento porque tanta gente esperava estava a chegar, finalmente eu e o meu amigo imaginário iríamos finalmente perceber o que Narciso tinha dito.
E o que consta é que... (Não, desta vez não vou deixar em aberto)... Narciso disse aos presentes que desde pequeno nunca foi uma criança muito feliz nem muito triste, ele achava que era uma mania psicológica a vontade de querer ser médio em tudo. Segundo ele, só houvera mesmo uma vez um descuido, quando ficou muito feliz por ter ficado no meio da tabela classificativa na maratona de 221 metros de Fiambres de baixo. Ainda assim, finalmente alguém tinha percebido o porque de Narciso não ser bom nem mau em absolutamente nada.
No entanto, Narciso não tardou em dizer que a ideia de ser uma mania psicológica era apenas uma mania psicológica pois tinha percebido que tinha vindo ao mundo com o intuito de não ser ninguém de especial mas também não ser nenhum falhado. Após esta explicação não confusa nem convincente, Narciso disse a seus pais que estava na hora de ir criar uma vida média como a média das pessoas.
Após isto de Narciso seus pais não têm tido muitas nem poucas notícias dele. Sabem que Narciso se deslocou para Vila de Rei à procura de condições de vida mais médias, não por existir algum tipo de emprego ou algo de especial nessa localidade mas sim, segundo Narciso por que ali é que se sente bem, no centro de Portugal.

(Esta história continua, podia ser o final mas, na minha opinião Narciso ainda tem mais ou menos coisas que nos interessam.
Neste post é natural que encontre alguns erros, como no tempo e na pessoa em que falo e adiante. Não digo que é intencional mas assim sempre consigo escrever à moda de Narciso Manuel Sousa nem bem nem mal.)
Cumprimentos RJAP

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